Arte Pop
Outros Nomes
Pop Art; Arte Popular
Definição
Na década de 1960, os artistas defendem uma arte
popular (pop) que se comunique diretamente com o público por meio de signos e
símbolos retirados do imaginário que cerca a cultura de massa e a vida
cotidiana. A defesa do popular traduz uma atitude artística contrária ao
hermetismo da arte moderna.
Nesse sentido, a arte pop se coloca na cena artística que tem lugar em fins da
década de 1950 como um dos movimentos que recusam a separação arte/vida. E o
faz - eis um de seus traços característicos - pela incorporação das histórias
em quadrinhos, da publicidade, das imagens televisivas e do cinema.
Uma das primeiras, e mais famosas, imagens
relacionadas ao que o crítico britânico Lawrence Alloway (1926 -
1990) chamaria de arte pop é a colagem de Richard Hamilton (1922), O
que Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?, de 1956. Concebido como pôster e ilustração para o
catálogo da exposição This Is Tomorrow [Este É o Amanhã] do Independent Group de
Londres, o quadro carrega temas e técnicas dominantes da nova expressão
artística. A composição de uma cena doméstica é feita com o auxílio de
anúncios tirados de revistas de grande circulação. Nela, um casal se exibe com
(e como) os atraentes objetos da vida moderna: televisão, aspirador de pó,
enlatados, produtos em embalagens vistosas etc. Os anúncios são descolados de
seus contextos e transpostos para a obra de arte, mas guardam a memória de seu locus original. Ao aproximar arte e design comercial, o
artista borra, propositadamente, as fronteiras entre arte erudita e arte
popular, ou entre arte elevada e cultura de massa.
Em carta de 1957, Hamilton define os princípios
centrais da nova sensibilidade artística: trata-se de uma arte "popular,
transitória, consumível, de baixo custo, produzida em massa, jovem,
espirituosa, sexy, chamativa, glamourosa e um grande negócio".
Ao lado de Hamilton, os demais artistas e críticos integrantes do Independent
Group lançam as bases da nova forma de expressão artística, que
se aproveita das mudanças tecnológicas e da ampla gama de possibilidades
colocada pela visualidade moderna, que está no mundo - ruas e casas - e não
apenas em museus e galerias. Eduardo Luigi Paolozzi (1924 - 2005), Richard Smith
(1931) e Peter Blake (1932) são alguns dos principais nomes do grupo britânico.
Ao contrário do que de sucede na Grã-Bretanha, nos
Estados Unidos os artistas trabalham isoladamente até 1963, quando duas
exposições - Arte 1963: Novo Vocabulário, Arts Council, na Filadélfia, e
Os Novos Realistas, Sidney Janis Gallery, em Nova York - reúnem obras que
se beneficiam do material publicitário e da mídia. É nesse momento que os nomes
de Andy Warhol (1928 - 1987), Roy Lichtenstein (1923 - 1997), Claes Oldenburg
(1929), James Rosenquist (1933) e Tom Wesselmann (1931 - 2004) surgem como os
principais representantes da arte pop em solo norte-americano. Sem programas ou
manifestos, seus trabalhos se afinam pelas temáticas abordadas, pelo desenho
simplificado e pelas cores saturadas. A nova atenção concedida aos objetos
comuns e à vida cotidiana encontra seus precursores na antiarte dos dadaístas e surrealistas. Os artistas norte-americanos tomam ainda como
referência certa tradição figurativa local - as colagens tridimensionais de
Robert Rauschenberg (1925 - 2008) e as imagens planas e emblemáticas de Jasper
Johns (1930) -, que abre a arte para a utilização de imagens e objetos
inscritos no cotidiano. No trato desse repertório plástico específico não se
observa a carga subjetiva e o gesto lírico-dramático, característicos do expressionismo abstrato -
que, aliás, a arte pop comenta de forma paródica em trabalhos como Pincela, 1965,
de Lichtenstein.
No grupo norte-americano, o nome de Wesselmann
liga-se às naturezas-mortascompostas de
produtos comerciais, Lichtenstein, aos quadrinhos - Whaam!, 1963 -, e Oldenburg, mais diretamente às esculturas
- Duplo Hambúrguer, 1962.
Entre eles, são a figura e a obra de Warhol que se tornariam referências
primeiras da arte pop, por exemplo,32 Latas de Sopas Campbell, 1961/1962, Caixa de Sabão Brilho, 1964, e os diversos trabalhos feitos com
imagens da atriz Marilyn Monroe (1926 - 1962), como Os
Lábios de Marilyn Monroe, Marilyn
Monroe Dourada e Díptico
de Marilyn, todos datados
de 1962. Suas obras se particularizam pelo uso original da cor
brilhante, de materiais industriais e pelo exagero do efeito de simultaneidade
(na repetição das latas de Campbell e dos lábios de Marilyn). A multiplicação
das imagens enfatiza a idéia de anonimato e também o efeito decorativo. A
imagem destacada e reproduzida mecanicamente, com o auxílio dosilkscreen, afasta qualquer vestígio do gesto do artista. A
celebração da opulência e da fama convive, a partir de 1963, com as tragédias,
com a violência racial e das guerras (da Guerra Fria, do Vietnã). Datam desse
período Levante Racial Vermelho,
1963, e Cadeira Elétrica,
1964.
No Brasil, sugestões da arte pop foram trabalhadas
na década de 1960 por Antonio Dias (1944) - Querida, Você Está Bem?, 1964, Nota Sobre a Morte Imprevista, 1965, e Mamãe, Quebrei o Vidro, 1967 -, Rubens Gerchman (1942 - 2008) - Não
Há Vagas, 1965, e O Rei do
Mau Gosto, 1966 -, Claudio Tozzi (1944) - Eu
Bebo Chop, Ela Pensa em Casamento, 1968,
entre outros. No entanto a incipiente proliferação no Brasil dos meios de
comunicação de massa, na década de 1960, leva, paradoxalmente, esses
artistas a aproximar técnicas da arte pop (silkscreen e alto-contraste) a temas
engajados politicamente.
RELEASE DO DESFILE
Brinque, conheça, desfrute
e se divirta. Por que não pensar diferente? Esse é o conceito da minha coleção, que desafia o óbvio e apresenta uma campanha baseada em
possibilidades infinitas dentro da Arte Pop. Nesta estação, vou promover um estilo descontraído, que
traz um novo olhar sobre tudo, deixando a moda mais colorida e alegre.
As estampas, desenhos e
modelos ganham novos formatos e diferentes interpretações, com a união dos elementos lúdicos e fashion. O resultado
é um universo repleto de combinações, em que o importante mesmo é ser feliz com
seu estilo e personalidade.
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